Arco e Flecha – Princípios Básicos do Arco Composto Parte III

Fala galera, tudo bem com vocês?

 

Pra quem está acompanhando nossos posts sobre Arco Composto, ainda tem bastante informações sensacionais, todas é claro, passadas por nosso parceiro Nelson L. de Faria.

 

Vamos lá para mais um pouquinho.

 

No post de hoje vamos falar sobre Cames, que são as roldanas do Arco Composto. Essa é a principal diferença do arco composto para o recurvo.

 

Quando o esforço do arqueiro atinge um pico no momento em que o estiramento da corda chega a um valor de 65% a 80% do seu máximo, vindo depois disso a “ceder” sem perder a tensão aplicada anteriormente na corda.

 

Isso ocorre porque os eixos dos cames são montados na borda e não no seu centro. Quando a corda é puxada, as polias giram e forçam os membros, comprimindo-os.

 

Depois que os cames giram completamente em seu eixo, não será preciso aplicar tanta força à corda para manter os membros sob compressão, fazendo com que o arqueiro tenha um tempo maior para mirar com o arco tensionado.

 

 

CAMES

 

Depois de definir qual comprimento de puxada é o mais adequado, o arqueiro precisa se decidir pelo tipo de came que seu arco deverá ter, e que lhe proporcionará o melhor desempenho.

 

A geometria do came determina o quanto seu curso de liberação será suave ou agressivo. Os cames são projetados em formas diferentes e podem ser redondos, médios e pesados.

 

Os cames redondos são bastante leves e suaves para puxar, mas, armazenam pouca energia, por isso, as flechas são mais lentas. Esse tipo de came é o mais antigo, mas ainda é fabricado para aqueles arqueiros que praticam tiro instintivo e também são mais fáceis de disparar sem luvas (embora luvas sejam sempre recomendadas) e se adaptam bem aos iniciantes.

 

Cames médios armazenam mais energia do que os redondos e atiram mais rápido, embora sejam mais pesados do que cames redondos no pico de força. Cames médios geralmente apresentam velocidades IBO entre 295 e 310 fps.

 

Já os cames ‘pesados’ são optimizados para armazenar o máximo de energia e obter as velocidades mais altas e, geralmente alcançam velocidade IBO de 320 fps ou mais.

 

 

TIPOS DE CAMES

 

 

Existem quatro tipos de Sistemas de cames para os Arcos Compostos atuais, todos têm suas vantagens e desvantagens, como podemos ver:

 

 

Single Cames

 


Conhecidos também como Solo came ou Um came. Consiste de uma polia livre na lâmina superior do e um came na lamina inferior do arco.  Este sistema é mais silencioso e de manutenção mais fácil do que os demais Sistemas.

 

Arcos equipados com um came podem também ser bastante rápidos e custam menos, por isso, são a melhor escolha pra quem está iniciando ou para quem não faz uso tão frequente. Mas o desempenho e o resultado final em nada são prejudicados se comparados aos Sistemas mais sofisticados.

 

 

Cames Híbridos

 

 


O sistema de cames híbridos se caracteriza por dois cames elípticos e assimétricos com o came de controle na lâmina superior e o came de força na lâmina inferior.

 

Cames híbridos se destinam a oferecer os benefícios de ancoragem reta desde o início da puxada, diferente do sistema de um came e requerem menos manutenção do que os sistemas de cames gêmeos.

 

Alguns são tão silenciosos quanto os Sistemas de um só came. Este tipo de came é comercializado pelas empresas Darton Archery e Hoyt’s.

 

 

Cames Gêmeos (Twin Cams)

 


Também conhecido como Dois cames ou Dual came. O Sistema é composto por dois cames exatamente iguais que, quando sincronizados adequadamente, oferecem excelentes velocidades e precisão.

 

A desvantagem desse sistema é o barulho excessivo e a necessidade de mais manutenção. Contudo, muitos Arqueiros experientes preferem esse tipo de sistema para os seus arcos compostos.

 

Cames Binários

 


 


Trata-se de um conceito apresentado pela Bowtech em 2005. O sistema de cames binários é um sistema modificado de cames gêmeos com três ranhuras que atrela o came superior ao came inferior, ao invés de atrelar às Lâminas do arco.

 

Diferentemente dos sistemas de um came e cames híbridos, não existe divisão de rigidez nesse sistema. Apenas cabos unidos de um came ao outro. Isso permite que os cames se balanceiem automaticamente.

 

O ponto negativo é que os cames binários estão sujeitos às inclinações laterais por não dependerem das laminas e todo o esforço se concentrar sobre eles.

 

 

Ficamos por aqui, esperamos que tenha gostado do blog de hoje e confira tudo o que a VentureShop tem a oferecer em Arqueria!

 

E se você perdeu as duas primeiras partes sobre os princípios da arqueria, não deixe de conferir:

 

Arco e Flecha – Princípios Básicos do Arco Composto.

Arco e Flecha – Princípios Básicos do Arco Composto Parte II

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Autor: camila

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